Amastha Some da Câmara e Reaparece no Governo: O “Vereador de Luxo” que Ignora o Voto e Troca Mandatos por Cargos — de Novo
- Wasthen Menezes

- há 3 dias
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Carlos Amastha (PSB) faz, mais uma vez, o movimento político que já virou sua marca registrada: pede voto para um cargo e usa esse mesmo cargo como bilhete de embarque para outro. Eleito vereador de Palmas, o ex-prefeito simplesmente desaparece da Câmara, reaparece no Executivo e reforça a mesma pergunta incômoda que os palmenses já deveriam ter decorado: para que serve o voto dado a Amastha?
Depois de conquistar a cadeira no Legislativo municipal, Amastha não assumiu de verdade. Preferiu se licenciar imediatamente para ocupar a Secretaria Municipal de Zeladoria Urbana na gestão de Eduardo Siqueira Campos. Durou pouco: foi exonerado dias depois, em julho. Uma passagem tão rápida que pareceu mais uma escala do que um destino.
Agora, sem jamais ter voltado ao plenário para exercer o mandato para o qual foi eleito, o político ressurge no noticiário com uma novidade: foi nomeado Secretário Estadual de Indústria, Comércio e Serviços pelo governo estadual. O mesmo roteiro de sempre — só muda o cenário.
O que mais chama atenção não é o salto, é o padrão. Esta não é a primeira vez que Amastha ignora o voto conquistado para aceitar cargos em outras esferas. O mandato vira moeda; o eleitor, figurante. Ele não assume a cadeira, não fiscaliza o Executivo, não legisla e, mesmo assim, segue acumulando posições de poder.
A população vota para ter um representante. Mas, nesse caso, o representante prefere ser passageiro de luxo na máquina pública — escolhendo onde quer estar conforme a conveniência, não conforme o compromisso firmado nas urnas.
Amastha foi eleito para a Câmara, mas nunca se comportou como vereador. O recado é explícito: o mandato é negociável, o voto é descartável — e o eleitor pode esperar sentado.




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