Crise na Saúde Pública em Palmas: Servidores denunciam omissão e falta de liderança na gestão da Semus
- Wasthen Menezes
- há 2 minutos
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Palmas enfrenta uma grave crise na gestão da saúde pública, segundo denúncia feita pelo autodenominado "Coletivo Saúde Palmas", o grupo composto por profissionais da área que atuam diretamente na rede municipal e afirma ter provas concretas. Em nota divulgada, o coletivo aponta falhas graves na condução da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), especialmente quanto à ausência de liderança e planejamento estratégico. Segundo o texto, a titular da Semus estaria distante dos problemas reais da pasta, priorizando questões burocráticas e de interesse próprio, como a centralização de férias e folgas, enquanto a rede de saúde opera em estado crítico.
A denúncia também destaca a precariedade das unidades básicas de saúde e da Vigilância em Saúde, que funcionam sem plano de trabalho, metas ou qualquer ação concreta de gestão. "Não há registros de despachos relevantes ou qualquer sinal de planejamento estratégico", diz o coletivo, apontando que o foco da gestão tem sido a cobrança de ponto eletrônico e restrições de direitos dos servidores. Um episódio específico, a campanha de vacinação antirrábica de 2024, escancarou os problemas enfrentados pela rede. A ação, realizada na mesma semana do aniversário de Palmas, foi marcada pela ausência da superintendência responsável e por condições inadequadas nos locais de vacinação, como falta de água, cadeiras e até banheiros.
Confira a nota na íntegra:
DESCASO NA SAÚDE MUNICIPAL: ENQUANTO UNIDADES CARECEM DE GESTÃO, SECRETÁRIA PRIORIZA SEGURANÇA PESSOAL E BUROCRACIA
A população enfrenta diariamente as fragilidades da rede pública de saúde, enquanto a gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) parece distante dos reais problemas. A titular da pasta, em vez de liderar iniciativas para reverter o cenário crítico, permanece reclusa em seu gabinete, e dedicada a tratar de temas que impactam os servidores como férias e folgas centralizadas nela, pois está com muito tempo — como se esse fosse a prioridade diante do colapso da rede. As unidades básicas de saúde operam sem diretrizes claras e com ausência total de liderança efetiva. A Vigilância em Saúde vive uma gestão extremamente precária: até o momento, nem a diretora nem a superintendente apresentaram plano de trabalho, metas ou ações concretas. Não há registros de despachos relevantes ou qualquer sinal de planejamento estratégico. Em vez disso, o foco tem sido a cobrança excessiva de ponto eletrônico e a restrição de direitos dos servidores, medidas que em nada contribuem para a melhoria dos serviços prestados à população. Um episódio escancarou o descompasso da atual gestão: a campanha de vacinação antirrábica de 2024, realizada na mesma semana do aniversário de Palmas. A ação foi marcada por abandono por parte da superintendência responsável, que não participou das reuniões nem deu suporte técnico e logístico aos servidores, resultando em diversos locais de vacinação sem estrutura mínima: faltavam água, cadeiras e até banheiros. Mesmo diante de tamanho descaso, os profissionais da saúde se esforçaram para cumprir seu dever, mas a ausência de apoio institucional e divulgação adequada comprometeu a cobertura vacinal, que ficou aquém da meta. Prefeito, é urgente que a gestão da Semus se volte às necessidades reais da rede de saúde e da população. A saúde pública exige liderança, planejamento e compromisso — não omissão, vaidade e prioridades equivocadas.
Coletivo Saúde Palmas
O Opinativo Político está a disposição para quaisquer esclarecimentos e posicionamentos da SEMUS e da prefeitura de Palmas.
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