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CARRO POPULAR MAIS BARATO? A ARMADILHA DO POPULISMO E O SONHO QUE PODE VIRAR PESADELO FINANCEIRO!



Texto por: Professor Victor Verano


Atualmente, os apoiadores governistas comemoram o fomento ao consumo de carros "populares" 0km, que hoje ultrapassa facilmente cifras na casa de R$ 120 mil reais.

Estima-se que após esta redução o carro "popular" 0km tenha o teto próximo a R$ 80 mil reais, medida muito benéfica pois a curto prazo "salva" empregos e aquece o mercado que atualmente se encontra reprimido.

Medida "populista" que favorece mais ainda as fábricas, concessionários de veículos e exportadores, pois estas reduções de impostos não alcançam os consumidores que seguirão punidos, principalmente as classes mais baixas.


Atualmente, 40% das famílias brasileiras não possuem condições de saldar suas dívidas, boa parte dessas famílias entraram para esta lamentável estatística após o efeito de médio/longo prazo das medidas do governo Dilma em relação aos veículos que "salvou" a elite ao custo do endividamento dos mais pobres.


Logo, a reação em cadeia do aumento do preço dos alimentos e serviços amplia as probabilidades de que famílias beneficiadas por esta medida venham a adquirir seus veículos através do financiamento e não consigam quitar seus débitos referentes ao veículo. Além do financiamento com taxas de juros absurdas, um veículo possui custos de manutenção (peças, IPVA, licenciamento, seguro obrigatório, seguro, etc.) que muitas vezes não são levados em consideração na hora da realização do sonho de comprar um carro 0km, ampliando assim o número de famílias com superendividamento.


Lembrando que agora, em casos de inadimplência, permite-se a cassação da CNH e penhora parcial de salário.

Recomendo a você que planeja adquirir seu veículo aguardar mais um pouco e observar como o mercado irá se comportar. Ao invés do financiamento, optar pelo consórcio. As classes menos abastadas merecem e têm o direito de possuir um veículo 0km. O governo deve olhar para essa população (70% dos brasileiros) com mais carinho e promover medidas que gerem o consumo de maneira sustentável, produção de renda de modo a possibilitar que estas famílias paguem suas dívidas. Que o Brasil se liberte desta vingativa e oligárquica fábrica de pobreza.


Professor Victor Verando

Professor de história e geografia, graduando em Direito

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