Viagem com Jesus: contrato de R$ 1,3 milhão, indenização de meio milhão e prorrogação com a mesma empresa levantam suspeitas
- Wasthen Menezes

- 16 de set.
- 2 min de leitura

Um contrato emergencial firmado pela Prefeitura de Palmas para o transporte de servidores das escolas rurais está chamando a atenção pelo montante envolvido e pela sequência de decisões administrativas consideradas, no mínimo, contraditórias.
No dia 16 de abril de 2025, a Secretaria Municipal de Educação assinou um contrato emergencial no valor de R$ 1.371.277,60 com a empresa Expresso Viagem com Jesus LTDA. O objetivo era atender à demanda de deslocamento de servidores da rede municipal que atuam na zona rural.
Apesar do prazo de vigência de seis meses, até 16 de outubro de 2025, o contrato foi rescindido antecipadamente em 10 de setembro. Com a rescisão, a Prefeitura autorizou o pagamento de uma indenização de R$ 503.470,16 à empresa, a título de compensação pelos serviços prestados nos meses de fevereiro, março e abril de 2025.
A decisão, contudo, não encerrou a relação com a contratada. Apenas cinco dias após a publicação da rescisão, no dia 15 de setembro, o Diário Oficial trouxe um aditivo ao contrato prorrogando sua vigência até 10 de fevereiro de 2026.
A situação gera questionamentos: se houve rescisão com pagamento de indenização de meio milhão de reais, por que a Prefeitura decidiu prorrogar o mesmo contrato com a mesma empresa logo em seguida?
Somando o contrato inicial de R$ 1,3 milhão, a indenização de mais de R$ 500 mil e a prorrogação da vigência contratual, o impacto financeiro ultrapassa R$ 1,8 milhão.
O caso expõe possíveis falhas de gestão e levanta suspeitas sobre favorecimento em contratações emergenciais, que deveriam ser utilizadas apenas em situações excepcionais. A Prefeitura de Palmas ainda não apresentou explicações públicas sobre a necessidade desses pagamentos e sobre a decisão de estender o contrato após a rescisão indenizada.




J
Viagem com Jesus cara da mulesta! Oia que ele andava a pé na época