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Tilápia e Manga na Mira do Governo: Classificação Como “Invasoras” Pode Gerar Prejuízo Até no Tocantins

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O Ministério do Meio Ambiente (MMA) abriu mais uma frente de desgaste com o setor produtivo ao incluir a tilápia na lista de espécies exóticas classificadas como “invasoras”. E, para piorar a crise, a manga também está entre as candidatas a entrar na lista. A medida, que supostamente busca proteger a biodiversidade, tem provocado forte reação no agronegócio, que alerta para riscos reais de impacto econômico e trabalhista.


Segundo os defensores da proposta, espécies invasoras podem competir com nativas, alterar ecossistemas, transmitir parasitas e causar desequilíbrios ambientais. Mas o setor produtivo rebate: tilápia e manga são pilares de cadeias econômicas inteiras, e classificá-las como invasoras pode abrir caminho para restrições, burocracia e encarecimento generalizado da produção — efeito que, inevitavelmente, chega ao consumidor.


O que está em jogo


A discussão do governo envolve uma lista mais ampla, incluindo eucalipto, pínus, jaca e camarão. Setores como silvicultura, fruticultura e aquicultura temem que uma eventual regulamentação restritiva cause prejuízos estruturais.


Não se trata de um simples debate ambiental: é um conflito direto entre Brasília e setores que garantem empregos, exportações e arrecadação. O problema é que, mais uma vez, o impacto da decisão parece ter sido pouco calculado.


Produtores alertam para impacto econômico real


Empresários e associações afirmam que, ao rotular espécies amplamente cultivadas como “invasoras”, o governo abre margem para:


  • exigências de licenciamento mais rígido;

  • limitações de expansão produtiva;

  • proibições em áreas específicas;

  • aumento de custos operacionais;

  • perda de competitividade externa.


No caso da manga, o choque seria ainda maior em grandes polos produtivos como Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), responsáveis pela exportação brasileira da fruta para Europa, EUA e Ásia.


E o Tocantins?


Embora o debate seja nacional, o Tocantins também tem muito a perder, especialmente na aquicultura — setor que vem crescendo ano após ano no estado.


Dados oficiais apontam:


  • Em 2024, o Tocantins produziu 18,1 mil toneladas de pescado, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).


    Fonte: Jornal Opção (com dados PeixeBR) —

  • Desse total, 700 toneladas eram de tilápia, representando uma fatia relevante da produção estadual.


    Fonte: Jornal Opção (PeixeBR) —

  • Na fruticultura, o Tocantins produziu 1.253 toneladas de manga em 2023, de acordo com a Embrapa/IBGE.


    Fonte: Embrapa —

  • A tilápia também aparece entre os produtos mais movimentados no comércio interestadual de pescado do estado.


    Fonte: Governo do Tocantins —


Ou seja: qualquer restrição nacional sobre tilápia ou manga respinga no Tocantins, que vem tentando consolidar sua cadeia aquícola e diversificar a fruticultura.


Na prática, uma classificação precipitada como “invasoras” poderia significar:


  • perda de competitividade;

  • retração de investimentos;

  • redução de margens de lucro;

  • queda na produção;

  • risco direto para empregos locais.


Um debate que ainda vai render


O governo diz buscar “equilíbrio”. Produtores falam em insegurança. Ambientalistas defendem cautela. O fato é: qualquer decisão precipitada pode atingir cadeias inteiras — inclusive no Tocantins, onde a aquicultura é uma das apostas mais promissoras da economia local.


Enquanto isso, Brasília promete ampliar a discussão com a sociedade. Tomara que desta vez escutem quem realmente produz.

4 comentários

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há uma hora

A manga é fruta mas já está no brasil a mais de 100anos , tem diversidade da fauna, flora que são exótica pode se dizer a manga a cada quarteirão tem um pé de manga a maioria das frutas no mundo são exótica

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Mariana Melo
há 3 horas
Avaliado com 1 de 5 estrelas.

Sou bióloga a mais de 10 anos e não entendi até agora o pânico por conta da classificação dessas espécies. Essa reportagem é sensacionalista, pois essas espécies sempre foram exóticas e dependendo de diversas questões, podem sim ser classificadas como exóticas e invasoras. A questão é regulamentar a produção para que as pessoas simplesmente façam a produção da forma correta, sem prejuízos a nossa biodiversidade nativa. O conhecimento salva, galera! A desinformação e sensacionalismo causam pânico sem necessidade. Mais atenção aí na redação! Consultaram algum biólogo ou outro profissional da área ambiental antes de escrever essa matéria? Tenho quase certeza que não!

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Sebastião viana
há 39 minutos
Respondendo a

Sempre tem os especialistas de plantão para se juntar quanto pior melhor.

Pergunta pra essas pessoas o que produziram para sociedade não soma nada mas atrapalha.querem Manter o país no atraso para favorecer uma ideologia politica,os gringos agradecem.

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