Polícia Federal pediu a prisão do prefeito de Palmas e seu afastamento do cargo, mas o ministro Zanin, do STF, concedeu apenas busca e apreensão
- Wasthen Menezes
- há 4 dias
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PF aponta vazamento de operação por parte do prefeito de Palmas e pede sua prisão; ministro Zanin nega
A Polícia Federal afirmou que uma importante operação contra a corrupção no Tocantins foi frustrada por conta do vazamento de informações sigilosas, atribuído ao prefeito de Palmas. A gravidade da conduta levou os investigadores a pedirem sua prisão preventiva e o afastamento do cargo, mas o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou apenas buscas e apreensões.
A operação, que tramitava sob sigilo no STJ, mirava dois juízes e pelo menos três advogados, suspeitos de envolvimento em um esquema de tráfico de influência e venda de decisões judiciais. Áudios interceptados pela PF mostram interlocutores em Brasília afirmando que a ação não sairia antes do recesso e que o conteúdo da investigação já havia chegado às mãos de figuras influentes.
“Não ia sair antes do recesso. Só quando chegasse em agosto”, diz um dos trechos. A PF concluiu que os alvos foram alertados previamente, comprometendo o efeito surpresa da operação e limitando sua eficácia. O principal responsável pelo vazamento, segundo os investigadores, foi o próprio prefeito da capital tocantinense.
Com base nesses indícios, a PF solicitou ao STF medidas duras: prisão do gestor municipal e seu imediato afastamento da Prefeitura de Palmas. No entanto, o relator do caso, ministro Zanin, decidiu indeferir os pedidos de prisão e afastamento, autorizando apenas buscas e apreensões nos endereços ligados ao prefeito e a outros investigados.
O caso segue sob análise da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, e os nomes dos demais envolvidos devem vir à tona nos próximos dias, conforme o inquérito avance e novas fases da operação sejam deflagradas.
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