Polícia Civil do Tocantins intensifica investigação sobre rompimento de barragem em Ponte Alta do Bom Jesus
- Wasthen Menezes

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A Polícia Civil do Tocantins deu um novo passo nas apurações sobre o rompimento parcial de uma barragem no município de Ponte Alta do Bom Jesus (TO), no sudeste do estado. Na manhã desta terça-feira (23/12), a 103ª Delegacia de Polícia de Taguatinga realizou uma perícia técnica no local do incidente, que ocorreu na última sexta-feira (19/12), integrando o inquérito policial instaurado para esclarecer as circunstâncias do caso, avaliar os danos e identificar responsáveis.
A diligência contou com o apoio da Polícia Científica, uso de equipamentos especializados e até drones para análise aérea da área atingida, reforçando a busca por respostas sobre o que provocou a ruptura da estrutura. Segundo o delegado responsável, Lucas Rodrigues, a etapa pericial é fundamental para “dimensionar a extensão do dano ambiental, compreender as causas do rompimento e apurar, com responsabilidade, os possíveis envolvidos”.
O rompimento e a resposta das autoridades
O rompimento parcial ocorreu no Rio Ribeirão Bonito, em uma barragem associada a uma Central Geradora Hidrelétrica (CGH) ainda em fase final de implantação, que acabou liberando um grande volume de água na região quando uma parte da crista da estrutura cedeu durante o fechamento do vertedouro.
Autoridades de segurança pública, Defesa Civil e equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (6ª CIBM) foram mobilizadas para avaliar o cenário, monitorar áreas de risco e garantir a segurança das comunidades ribeirinhas.
Apesar da gravidade do incidente, até agora não houve registro oficial de vítimas fatais, e a prioridade das forças de segurança tem sido evitar danos maiores à população e ao meio ambiente.
Impactos e acompanhamento das comunidades
O rompimento mobilizou também órgãos municipais e estaduais. O prefeito de Ponte Alta do Bom Jesus, José Luciano Azevedo, tem acompanhado de perto a situação, incluindo ações de assistência às áreas mais afetadas, como a comunidade Cidade Alta e propriedades rurais próximas, conforme relatado pelo Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) em vistoria recente.
Equipes de mapeamento e verificação de danos concluíram suas atividades, levantando dados sobre o impacto físico e ambientais na região e colhendo amostras de água para análise da qualidade, o que é essencial para assegurar a saúde da população ribeirinha.
Meio ambiente e responsabilidade
Um dos principais focos da investigação é justamente verificar possíveis crimes ambientais e a responsabilização dos envolvidos, algo enfatizado pela Polícia Civil em sua nota oficial. O inquérito seguirá com diligências para esclarecer se houve falhas de manutenção, negligência ou outras irregularidades que possam ter contribuído para o rompimento.




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