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Fraudes em financiamentos do Basa bloqueia R$ 3,9 milhões no Tocantins: Operação Boi de Papel

Atualizado: 18 de mar.


A Polícia Federal iniciou a Operação Boi de Papel para investigar suspeitas de crimes financeiros ocorridos na agência do Banco da Amazônia em Paraíso do Tocantins, entre os anos de 2014 e 2021.


Nesta fase, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Paraíso do Tocantins, Palmas e Nova Rosalândia, no Tocantins, além de Ituiutaba e Araguari, em Minas Gerais. As ordens foram expedidas pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins, incluindo medidas cautelares como o afastamento de servidores do banco, e o bloqueio de bens e valores dos envolvidos, totalizando R$ 3.962.152,13.


A investigação aponta que os suspeitos teriam fraudado financiamentos com recursos do Fundo Constitucional do Norte (FNO), desviando os recursos para finalidades não autorizadas. Funcionários da agência de Paraíso do Tocantins são suspeitos de direcionar contratos para beneficiar projetistas específicos, que facilitavam a movimentação de valores entre financiadores e agentes públicos. Além disso, a fraude envolvia a emissão de Guias de Transporte de Animal Vivo falsas, simulando transações de gado bovino inexistentes.

Durante o período investigado, cerca de R$ 94 milhões foram concedidos em financiamentos sob essas condições. A PF pretende determinar se outras fraudes similares ocorreram durante esse período.


Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes previstos na Lei nº 7.492/1986, além de lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, com penas que somadas podem ultrapassar 36 anos de reclusão.

O nome da operação, Boi de Papel, foi escolhido devido à forma como a organização criminosa simulava transações de gado bovino apenas no papel, sem que houvesse transações reais.

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