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Entre a força da rainha e o Xeque no Palácio: Dorinha, Amélio e a escolha de Wanderlei


Por Fenelon Milhomem, Jornalista
Por Fenelon Milhomem, Jornalista

Senadora articula com liberdade enquanto aliados do Governador enfrentam riscos e incertezas para 2026...


No Xadrez sucessório do Tocantins, poucos jogadores têm liberdade real de movimento. A maioria está presa a cálculos de risco, alianças frágeis ou à necessidade de garantir a própria sobrevivência política. Mas há uma exceção evidente no tabuleiro: a Senadora Professora Dorinha (União Brasil). Como a rainha no jogo de Xadrez, ela se move com liberdade estratégica — e o melhor, sem precisar se expor ao Xeque.


Eleita em 2022, Dorinha tem mandato garantido até fevereiro de 2031. Isso lhe dá o luxo de observar o cenário, articular nos bastidores e, se decidir entrar no jogo, disputar o governo sem colocar nada em risco. Não depende de reeleição nem de composições forçadas. Pode avançar ou recuar conforme as circunstâncias, mantendo sua posição de força intacta.


Enquanto nomes como Amélio Cayres (Republicanos) e Laurez Moreira (PDT) dependem quase exclusivamente da escolha do Governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), Dorinha pede apoio, sobe no palanque, mas não precisa se desesperar. É cortejada por aliados de seu partido, o União Brasil, observada com respeito por lideranças do Governo Federal e, agora, também sinalizada como possível nome de consenso por figuras como Eduardo Siqueira Campos — que, durante o aniversário de Palmas, não economizou elogios à Senadora e deixou claro que pode apoiar Dorinha numa corrida ao Palácio Araguaia, abandonando o barco de Laurez, que o apoiou em 2024, contrariando o Governador, que decidiu apoiar Janad Valcari (PL).


Amélio Cayres: entre o desejo do Palácio e o risco do limbo


Se dependesse do Governador, o nome à sua sucessão seria o do Presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins (ALETO), Amélio Cayres. Mas a equação política não fecha tão fácil. Ao contrário de Dorinha, ele teria que abrir mão de uma reeleição praticamente garantida na Aleto — ou mesmo de uma possível candidatura à Câmara Federal — para entrar numa disputa de alto risco.


A dúvida que ronda os bastidores é: Amélio terá coragem de entrar numa corrida sabendo que, se perder, sai dela sem mandato, sem visibilidade e, talvez, sem a proteção do grupo que hoje o embala? Sempre é bom lembrar da frase do Presidente Lula (PT): “político sem mandato, nem o vento bate nas costas”.


Quem com Laurez fere, com Dorinha será ferido


Laurez Moreira parece ter sido escanteado por aqueles em quem mais confiava. A debandada de Eduardo Siqueira, que vinha sendo um fiador informal da candidatura de Laurez, é o maior indicativo disso. É verdade que o apoio nunca foi escancarado, mas parecia um caminho natural — e até esperado — que Siqueira estivesse ao lado de Laurez em 2026.


Outro que parece já ter esquecido Laurez é o prefeito de Paraíso, Celso Morais (MDB), visto em diversos eventos com o Vice-Governador, após ter discursado em prol da candidatura de Laurez no início do ano. Em abril, Celsinho, reunido com prefeitos do Vale do Araguaia e a Senadora Dorinha, não mediu elogios à possível candidata ao Governo Estadual.

Essas movimentações, no entanto, podem ser apenas reflexo da tentativa de garantir emendas para suas cidades. Somente o tempo dirá em qual barco cada prefeito irá fazer essa travessia.


A escolha de Wanderlei


No Xadrez Político do Tocantins, o Governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) ocupa uma posição estratégica. Embora tenha reiterado publicamente que pretende cumprir integralmente seu mandato até dezembro de 2026, descartando uma candidatura ao Senado , seu apoio será decisivo na definição do próximo governador.


A permanência de Wanderlei no cargo até o fim do mandato tem implicações diretas sobre as pretensões eleitorais de seus familiares. De acordo com o artigo 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território de jurisdição do titular (nesse caso, o Tocantins), o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau, do chefe do Executivo, salvo se já forem titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição.


Assim, sua esposa, Karynne Sotero, e seu irmão, Marilon Barbosa (Republicanos), estariam impedidos de concorrer a cargos eletivos em 2026, a menos que Wanderlei renuncie ao cargo até seis meses antes do pleito. Por outro lado, seu filho, Léo Barbosa (Republicanos), atualmente deputado estadual, pode disputar a reeleição, pois já exerce mandato eletivo.

2 comentarios

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Invitado
há um dia

Matéria explicitamente de campanha a favor de Dorinha. Se esquece que Dorinha depende de apoio do governo tb, tanto que fica quase se humilhando pra conseguir. E outra, depende tb de Gaguim, que coloca a rédea nela para seguir no rumo que ele decidir.


Único que pode realmente se movimentar sem rabo preso é Laurez. Mesmo sem muito apoio por agora, acredito ser o melhor nome.

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Pedro
há um dia
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