Embate no Palácio: Wanderlei expõe documentos e contesta acusações de Laurez sobre Pró-Saúde
- Wasthen Menezes
- há 25 minutos
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O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e o vice-governador Laurez Moreira (PSD) estão em rota de colisão dentro do Palácio Araguaia. O estopim da vez foi o acordo firmado em 2023 entre o Estado do Tocantins e a Fundação Pró-Saúde, que gerou troca de acusações públicas entre as duas maiores lideranças do governo.
Em nota oficial à imprensa divulgada nesta sexta-feira (12), Wanderlei apresentou documentos oficiais e contestou as críticas de Laurez, que havia apontado supostos favorecimentos no processo. O governador classificou a atuação do vice como “irresponsável” e afirmou que tomará medidas judiciais cabíveis.
O acordo e a redução da dívida
A disputa judicial teve início em 2017, quando a Pró-Saúde cobrou do Estado R$ 164 milhões referentes a 2011 e 2012, na gestão do ex-governador Siqueira Campos. Com juros e correções, o valor total chegou a R$ 164 milhões.
O acordo, homologado pelo juiz William Trigilio da Silva da 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, reduziu a cobrança em 52%, fixando em R$ 85 milhões parcelados em 24 vezes de R$ 3,54 milhões a partir de fevereiro de 2024.
Em fevereiro de 2025, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO) analisou o caso no processo nº 2392 e confirmou a legalidade e economicidade da negociação.
Uma das responsáveis pela defesa do acordo foi a então procuradora-geral do Estado e atual secretária-chefe da Casa Civil, Irana de Souza Coelho Aguiar. Além de sustentar juridicamente a operação, ela também foi a responsável por efetuar grande parte dos pagamentos, realizados entre setembro de 2024 e agosto de 2025.
A polêmica sobre o advogado
Um dos pontos levantados por Laurez foi a atuação do advogado Alberto dos Santos Moreira. Segundo a nota do governador, os honorários recebidos por ele são de contrato firmado diretamente com a Pró-Saúde, sem ligação com o Estado.
Além disso, Wanderlei destacou que Alberto só passou a atuar em sua defesa pessoal em setembro de 2025, ou seja, oito anos após o início da ação e dois anos depois do acordo judicial, afastando qualquer relação entre os fatos.
Embate político aberto
Com a divulgação dos documentos, Wanderlei afirma ter desmontado as acusações feitas pelo vice. O governador acusa Laurez de tentar macular sua imagem e a do governo, enquanto o vice mantém críticas à condução do processo.
O episódio evidencia o embate político crescente dentro do Palácio Araguaia, transformando uma disputa jurídica em mais um confronto público entre governador e vice no Tocantins.
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