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Para Reduzir Gastos, Prefeito de Palmas Anuncia Corte de Cargos que Foram Criados por sua Própria Gestão

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Palmas, TO – Em um movimento que levanta mais perguntas do que respostas, o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, anunciou um plano de austeridade que inclui a fusão de secretarias e o corte de cargos comissionados. A medida, apresentada como uma necessidade para equilibrar as contas públicas, ocorre poucos meses após o próprio prefeito ter expandido a máquina administrativa a um tamanho recorde. A questão que fica é: estamos diante de um esforço genuíno de enxugamento ou de uma mera correção de rota após um planejamento questionável?


O Inchaço Inicial: Um Governo de 36 Pastas e 4 Subprefeituras


Ao tomar posse em janeiro de 2025, Eduardo Siqueira Campos não economizou na criação de cargos. A nova gestão foi estruturada com 36 secretarias e órgãos no primeiro escalão, um aumento pastas em relação à gestão anterior. Além disso, foram criadas 4 novas subprefeituras, inflando ainda mais a estrutura administrativa da capital. Na época, a justificativa para tal expansão não foi clara, mas a prática de acomodar aliados políticos em cargos de confiança é um roteiro conhecido na política brasileira.


Austeridade Seletiva e Planejamento Questionável


A contradição entre a expansão inicial e o subsequente enxugamento levanta sérias dúvidas sobre o planejamento da atual gestão. A criação de um número recorde de cargos, seguida por cortes drásticos, sugere que a decisão inicial foi mais política do que técnica, visando a acomodação de aliados em detrimento da saúde fiscal do município. A “austeridade” agora anunciada parece ser uma tentativa de corrigir um erro de cálculo, e não um compromisso genuíno com a eficiência administrativa.


A população de Palmas, que arca com os custos da máquina pública, tem o direito de questionar: a quem serviu a criação de tantas secretarias e subprefeituras? A quem serve, agora, a sua fusão? A resposta parece estar na acomodação de interesses políticos, e não na busca por uma gestão pública mais eficiente e transparente.


Mais do Mesmo?


A gestão de Eduardo Siqueira Campos, até o momento, parece seguir um roteiro conhecido: inchaço da máquina para acomodar aliados, seguido por cortes para lidar com a realidade fiscal. A “dieta” anunciada, ao que tudo indica, não passa de uma miragem. A máquina pública de Palmas, mesmo após os cortes, continuará maior do que a da gestão anterior, e os custos dessa expansão, mesmo que temporária, recaem sobre os ombros dos contribuintes.


Resta à população de Palmas fiscalizar de perto as ações da prefeitura e cobrar uma gestão verdadeiramente comprometida com a eficiência e a transparência, e não com a acomodação de interesses políticos. A cidade merece mais do que a velha política do “toma lá, dá cá”, maquiada com discursos de austeridade.

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