Flagrante: Eduardo Siqueira Campos ignora decisão do STF? Prefeito aparece ao lado do Governador
- Wasthen Menezes

- 15 de ago.
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Uma cena registrada na manhã desta sexta-feira (15) durante a festa do Senhor do Bonfim, no Tocantins, levanta sérias questões sobre o respeito às decisões da Justiça por parte do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos.
Imagens e relatos mostram o prefeito lado a lado com o governador Wanderlei Barbosa, alvo da Operação Fames-19 da Polícia Federal. O encontro acorreu a pouco mais de 200 km de Palmas em Natividade - TO. Não é um simples detalhe político ou casual. Eduardo Siqueira Campos está proibido judicialmente de manter contato com investigados em três operações da PF — Sisamnes, Fames-19 e Maximus — como condição para responder em liberdade.
A decisão judicial que autorizou seu retorno ao cargo de prefeito manteve expressamente essa restrição, junto com a proibição de deixar o país e a retenção de seu passaporte. Também foi revogada apenas a prisão domiciliar humanitária que ele cumpria.
O caso é delicado porque, ao contrário de Siqueira Campos, Wanderlei Barbosa não possui nenhuma medida judicial que restrinja suas atividades ou contatos. O peso da responsabilidade recai totalmente sobre o prefeito, que agora terá de explicar publicamente — e possivelmente à Justiça — o porquê de ter desrespeitado uma ordem tão clara.
A aparição pública, amplamente divulgada nas redes sociais, reforça a percepção de que autoridades sob investigação nem sempre demonstram o devido cuidado em cumprir medidas impostas pelo Judiciário. Mais do que um ato político, o episódio pode se transformar em novo elemento dentro dos processos que envolvem Eduardo Siqueira Campos.
O episódio levanta uma pergunta incômoda: trata-se de confiança absoluta na impunidade ou de simples desobediência a justiça?
Resta saber se a Justiça considerará o flagrante como um descumprimento de medida cautelar, o que pode levar a novas sanções, inclusive a possibilidade de prisão preventiva.


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