Dorinha apoia venda de medicamentos em supermercado e vira alvo de repúdio: Conselho de Farmácia denuncia proposta | irresponsável, populista e perigosa
- Wasthen Menezes
- há 3 horas
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Senadora Dorinha é criticada por apoiar venda de medicamentos em supermercados
Subtítulo:Conselho de Farmácia do Tocantins emite nota de repúdio e alerta para riscos à saúde pública
Matéria para o site Opinativo Político:
A senadora Professora Dorinha (União Brasil) voltou a causar polêmica ao manifestar apoio à proposta que permite a venda de medicamentos em supermercados. A iniciativa, que tem enfrentado forte resistência de entidades ligadas à saúde, foi duramente criticada pelo Conselho Regional de Farmácia do Tocantins (CRF-TO), que emitiu uma nota pública de repúdio nesta segunda-feira (07).
De acordo com o CRF-TO, a proposta apoiada por Dorinha representa um grave risco à saúde pública, pois ignora o papel técnico e essencial do farmacêutico no uso seguro de medicamentos. “Medicamentos não são produtos comuns. São bens essenciais à saúde e devem ser tratados com responsabilidade”, diz a nota.
O Conselho alerta que a venda indiscriminada fora do ambiente controlado das farmácias abre caminho para a automedicação, uso incorreto, interações perigosas e ausência de acompanhamento profissional, podendo gerar consequências graves para a população, especialmente entre os mais vulneráveis.
O posicionamento da senadora, que já exerceu o cargo de Secretária de Educação do Tocantins e tem uma trajetória pública voltada à formação de políticas educacionais, surpreendeu negativamente o setor farmacêutico, que esperava dela maior sensibilidade em relação às práticas que envolvem a saúde coletiva.
Flexibilização perigosa
Ao defender essa medida, Dorinha se alinha a um discurso que visa supostamente facilitar o acesso da população aos medicamentos, mas que, na prática, pode gerar um descontrole sanitário e enfraquecer o sistema regulatório. O CRF-TO reafirmou ser contra qualquer tentativa de flexibilização do controle na venda de medicamentos e conclamou parlamentares, entidades e sociedade a se unirem contra a proposta.
A nota finaliza com um apelo à responsabilidade legislativa:
“Conclamamos parlamentares, entidades e a sociedade a se unirem na defesa do uso seguro e racional de medicamentos.”
Contexto nacional
O debate sobre a venda de medicamentos em supermercados é antigo e já foi rejeitado por diversos especialistas em saúde. O Brasil possui uma das maiores taxas de automedicação no mundo, e flexibilizações como essa tendem a piorar os indicadores.
A senadora Dorinha, ao apoiar essa medida, mostra-se desconectada de uma pauta séria e sensível. Em vez de fortalecer o papel do farmacêutico, opta por um atalho populista que pode custar vidas. É preciso responsabilidade, e não oportunismo legislativo, quando o assunto é saúde pública.
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