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Decisão da gestão de José Eduardo é alvo de críticas de especialistas e pode comprometer pacientes Prefeitura de Palmas remaneja farmacêuticos e deixa áreas sem assistência

Prefeitura de Palmas remaneja farmacêuticos e deixa áreas estratégicas sem assistência Decisão da gestão de José Eduardo é alvo de críticas de especialistas e pode comprometer pacientes de programas sensíveis como HIV/AIDS, diabetes e tabagismo

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A Prefeitura de Palmas tomou uma decisão polêmica: para suprir o déficit de profissionais em farmácias básicas das Unidades de Saúde, remanejou farmacêuticos que atuavam em áreas estratégicas como o atendimento a pacientes com HIV/AIDS, diabetes e nos programas de desintoxicação de nicotina (tabagismo). A medida, adotada pela gestão do prefeito José Eduardo Siqueira Campos (União Brasil), vem sendo alvo de críticas de especialistas e profissionais da saúde, que alertam para riscos graves à saúde pública.


O problema


O município conta com 34 Unidades de Saúde, mas apenas 10 possuem farmácias com assistência farmacêutica. Mesmo entre essas, há casos em que o profissional não está presente durante todo o horário de funcionamento. Em vez de convocar candidatos do Cadastro de Reserva, conforme cobrado pelo Ministério Público, a gestão optou por retirar farmacêuticos de funções estratégicas para cobrir as lacunas. Relatos obtidos pelo Opinativo Político apontam ainda que a Prefeitura estaria iniciando um processo de terceirização da Central de Abastecimento e das farmácias das UPAs, levantando preocupações sobre a continuidade e a qualidade do serviço.


Impactos à população


Especialistas alertam que a decisão compromete diretamente o atendimento a pacientes que dependem de serviços farmacêuticos especializados. Sem o acompanhamento técnico, cresce o risco de uso inadequado de medicamentos controlados, como antibióticos e antidepressivos, que por lei devem ser dispensados exclusivamente por farmacêuticos. Com a ausência desses profissionais, a responsabilidade acaba recaindo sobre médicos e enfermeiros, que já estão sobrecarregados e não têm atribuição legal para exercer a assistência farmacêutica. “É uma medida que enfraquece programas estratégicos e coloca a população em risco. A falta de farmacêuticos não se resolve retirando-os de áreas vitais, mas sim com contratação e descentralização da assistência”, explica um profissional ouvido pela reportagem.


Profissionais deslocados


O cenário também gera frustração entre os próprios servidores. Muitos dos farmacêuticos remanejados foram peças-chave durante a pandemia de Covid-19 e, posteriormente, transferidos para equipes multiprofissionais, atuando em consultórios farmacêuticos. Com treinamento específico em protocolos de desintoxicação por nicotina e outras áreas sensíveis, agora voltam a ser deslocados para funções que não condizem com sua formação e experiência. Soluções possíveis Um estudo realizado pela gestão anterior já apontava que Palmas precisaria de pelo menos 26 farmacêuticos para garantir assistência em todas as UBS e descentralizar programas como insulinoterapia, carros de urgência e medicamentos de uso controlado.


O exemplo de Araguaína é citado como referência: todas as unidades básicas do município contam com farmacêuticos, que registram responsabilidade técnica e acompanham de perto a dispensação e o uso racional de medicamentos. Críticas à gestão José Eduardo A decisão expõe mais um ponto de desgaste da gestão do prefeito José Eduardo. Em vez de fortalecer a rede de saúde, a Prefeitura adota medidas emergenciais que, segundo especialistas, revelam improvisação e despreparo administrativo.


O Ministério Público já havia cobrado a regularização da assistência farmacêutica no município, mas a resposta da Prefeitura foi considerada insuficiente. Ao optar pelo remanejamento, a gestão ignora estudos técnicos e abandona áreas essenciais, como os programas de HIV/AIDS, diabetes e tabagismo, deixando pacientes sem acompanhamento adequado.


A saúde pública em Palmas enfrenta um novo impasse. O remanejamento de farmacêuticos, longe de resolver o déficit, cria um efeito cascata que pode comprometer programas estratégicos, sobrecarregar médicos e enfermeiros e colocar em risco a população. Enquanto cidades vizinhas como Araguaína avançam em descentralização e acesso universal, a capital do Tocantins assiste à desorganização de sua rede, marcada por decisões políticas que deixam a saúde em segundo plano. A gestão de José Eduardo é novamente questionada: em vez de resolver problemas estruturais, prefere medidas paliativas que custam caro à população.

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Aías
26 de ago.
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Tá difícil de viver no Brasil

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