VIOLÊNCIA DOMÉSTICA | CASO REVOLTA AUTORIDADES -AGRESSOR DE DELVÂNIA SE ENTREGA, MAS É LIBERADO
- Wasthen Menezes
- 27 de mar.
- 3 min de leitura

Deputado federal e ex-vereador primo de Delvânia cobram justiça e punição exemplar
Caseara, 25 de março de 2025 – Após dias foragido, o ex-vice-prefeito de Caseara, Gilman Rodrigues da Silva, agressor de Delvânia Campelo da Silva, se entregou à polícia nesta segunda-feira (25), conforme nota divulgada pela Secretaria da Segurança Pública do Tocantins. Entretanto, mesmo diante da brutalidade do crime, o suspeito foi liberado após prestar depoimento, gerando indignação em toda a sociedade.
A violência cometida contra Delvânia, atingida na cabeça com uma marreta e com o braço fraturado, continua repercutindo, e a cobrança por justiça cresce. A vítima segue internada no Hospital Geral de Palmas, em estado grave, após passar por cirurgia.
Lúcio Campelo repudia violência e exige resposta enérgica das autoridades
O ex-vereador Lúcio Campelo, primo da vítima, manifestou profundo repúdio à violência sofrida por Delvânia e cobrou uma resposta firme das autoridades.
“Espero que a justiça, com veemência, se faça presente de maneira plena, irrestrita e exemplar, garantindo a punição dos responsáveis e reafirmando o compromisso do Estado com a proteção da mulher e a defesa dos direitos fundamentais”, declarou Campelo ao Opinativo Político.
O ex-vereador também exige uma manifestação pública das principais instituições, incluindo Câmara Municipal de Palmas, Câmara Municipal de Caseara, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, Ministério Público, Secretaria de Segurança Pública e Secretaria da Mulher do Estado do Tocantins.
Deputado Ricardo Ayres: "O machismo mata, e a impunidade permite"
A revolta diante da liberação do agressor também chegou ao Congresso Nacional. O deputado federal Ricardo Ayres (TO) declarou ao Opinativo Político que o caso de Delvânia expõe uma realidade brutal no Brasil:
“Em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios no país. Três em cada dez brasileiras já sofreram algum tipo de violência. Ocupamos o vergonhoso 5º lugar no ranking mundial de feminicídios. Esses números escancaram uma realidade cruel: o machismo mata.”
O parlamentar questionou a efetividade das leis e a resposta do Estado diante da violência contra mulheres:
“Mesmo com leis mais duras e canais de denúncia, a violência persiste. E no caso de Delvânia, o agressor se entrega e é solto. Que mensagem estamos passando às vítimas? Isso é inaceitável.”
Ricardo Ayres reforçou que o caso exige punição exemplar e um comprometimento real do poder público para romper o ciclo da impunidade.
Justiça será feita?
O inquérito policial foi instaurado pela 54ª Delegacia de Polícia de Caseara e segue em andamento. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, novas informações só serão divulgadas ao final das investigações, para não comprometer o processo.
Enquanto isso, a população de Caseara e do Tocantins aguarda uma resposta contundente. A liberdade do agressor, mesmo após a gravidade do crime, reforça a sensação de impunidade – e deixa um alerta: quantas mais precisarão sofrer para que a justiça realmente aconteça?
Crime revolta População

O crime brutal contra Dlevania Campelo da Silva gerou revolta, e a indignação da população deve se refletir no evento de inauguração da Casa da Mulher Brasileira, onde a ministra Cida Gonçalves estará presente. Além de marcar um avanço na luta pelos direitos das mulheres, o evento também será palco de um protesto pacífico contra a violência e a impunidade, reforçando a necessidade de justiça e políticas mais rígidas para combater os altos índices de feminicídio no país.

Tinha que ser Bolsonarista, merece cadeia.