Na noite desta sexta-feira (29), o deputado estadual Amélio Cayres (Republicanos) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins para o biênio 2025/2026. A eleição ocorreu em sessão extraordinária com chapa única, tendo a presença de 23 dos 24 parlamentares. Apenas o deputado Professor Júnior Geo (PSDB), crítico do processo, não participou da votação.
Além de Amélio na presidência, a nova Mesa Diretora ficou composta por:
Léo Barbosa (Republicanos) - 1º vice-presidente
Cleiton Cardoso (Republicanos) - 2º vice-presidente
Vilmar de Oliveira (SD) - 1º secretário
Janad Valcari (PL) - 2º secretário
Luciano Oliveira (PSD) - 3º secretário
Marcus Marcelo (PL) - 4º secretário
Debates Jurídicos e Histórico de Eleições
Esta é a terceira eleição realizada em 2024 para a mesma legislatura. As duas anteriores foram anuladas ou questionadas judicialmente. A primeira, em que Léo Barbosa foi eleito presidente para o segundo biênio, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na segunda, realizada em junho, Amélio também foi eleito, mas o pleito foi alvo de contestações.
O deputado Júnior Geo reiterou dúvidas sobre a legalidade da nova votação e questionou a resolução que viabilizou o pleito. Segundo ele, a repetição de eleições pode ser interpretada como uma tentativa de contornar os limites constitucionais para a reeleição consecutiva em uma mesma legislatura.
Trajetória do Presidente Reeleito
Amélio Cayres, de 63 anos, é agropecuarista e iniciou sua carreira política como prefeito de Esperantina em 1996. Está em seu quarto mandato como deputado estadual e acumula experiência política, especialmente no comando da Assembleia Legislativa, onde busca manter a governabilidade e o diálogo entre os parlamentares.
Próximos Passos e Cenário de Instabilidade
Com a conclusão do processo, resta saber se a nova eleição enfrentará questionamentos no STF, como ocorreu com as anteriores. Juristas apontam que a repetição de pleitos para a mesma legislatura, mesmo que respaldada por resolução interna, pode ser alvo de novas impugnações judiciais.
O resultado reflete a busca por estabilidade na liderança da Assembleia, mas também evidencia as tensões jurídicas e políticas que marcam o cenário legislativo no Tocantins em 2024.
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