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Operação Finta Carozza: Gaeco investiga desvio de R$ 3,3 milhões na gestão de Gipão e Marcus Marcelo na Câmara de Araguaína

Foto do escritor: Wasthen MenezesWasthen Menezes

Atualizado: 14 de fev.




O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins (MPTO), deflagrou nesta quinta-feira (13) a operação Finta Carozza, que investiga um suposto esquema de fraude em licitação e desvio de recursos públicos na Câmara Municipal de Araguaína. A ação contou com apoio da Polícia Civil e cumpriu mandados de busca e apreensão em oito endereços da cidade.


A investigação aponta que, entre 2016 e 2020, período em que os atuais deputados estaduais Gipão e Marcus Marcelo presidiam a Câmara, foram firmados contratos suspeitos para locação de veículos, totalizando R$ 3.351.540,92 em repasses para uma empresa cujo capital social seria incompatível com os valores licitados. Segundo o MPTO, os contratos podem ter sido superfaturados em até 30%, e há indícios de que os recursos desviados foram movimentados entre empresas do mesmo grupo econômico e repassados a vereadores, assessores, familiares e outros agentes públicos.


Esquema de lavagem de dinheiro


A quebra de sigilo bancário e fiscal revelou movimentações financeiras atípicas, incluindo transferências bancárias suspeitas entre os investigados e suas empresas. O MPTO aponta que o dinheiro pode ter sido ocultado por meio de um esquema de lavagem de dinheiro, utilizando contas bancárias de empresas e pessoas físicas.

Durante as buscas, foram apreendidos documentos, dinheiro em espécie e equipamentos eletrônicos, como celulares, tablets, notebooks e computadores, que servirão para reforçar as investigações.


Próximos passos


O MPTO seguirá analisando o material apreendido para aprofundar as investigações e identificar todos os envolvidos. Até o momento, os nomes dos investigados não foram divulgados.


Entenda:


"Falsa Carruagem": MPTO investiga esquema de fraude milionária na Câmara de Araguaína


Operação Finta Carozza cumpre mandados em oito endereços e mira suposto desvio de mais de R$ 3,3 milhões



O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a Operação Finta Carozza para desarticular uma organização criminosa suspeita de desvio de recursos públicos, fraude à licitação, superfaturamento de contratos, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.


A ação, realizada com apoio da Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão em oito endereços de Araguaína, no norte do Tocantins. As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Criminal da cidade.


Locação de veículos na mira das investigações


As investigações começaram a partir de um Relatório de Inteligência, que identificou indícios de irregularidades em contratos entre a Câmara Municipal de Araguaína e a empresa Auto Vip Multimarcas Ltda. O contrato previa a locação de veículos sem motorista, mas os levantamentos indicam um possível esquema fraudulento para desviar recursos públicos.

Entre as irregularidades apontadas, destacam-se:


  • Veículos que nunca pertenceram à empresa contratada;

  • Vereadores que supostamente alugavam seus próprios veículos ou indicavam terceiros para o fornecimento, apropriando-se indevidamente dos valores pagos pela Câmara;

  • Movimentação suspeita de dinheiro entre empresas ligadas ao grupo investigado.


A operação recebeu o nome de Finta Carozza, expressão em italiano que significa "falsa carruagem", fazendo referência à suposta simulação de locações para encobrir o desvio de verbas públicas.


Superfaturamento e lavagem de dinheiro


A investigação revelou que a empresa contratada para a locação de veículos possuía um capital social incompatível com os contratos firmados e que os valores pagos pela Câmara eram até 30% superiores aos praticados pelo mercado.


Além disso, parte do dinheiro desviado teria sido repassada a vereadores, assessores, familiares e outros agentes públicos. Para ocultar a origem ilícita dos recursos, os envolvidos teriam usado empresas de fachada e contas bancárias de terceiros, o que levanta fortes indícios de lavagem de dinheiro.


A quebra de sigilo bancário e fiscal revelou que, entre 2016 e 2020, a empresa Auto Vip Multimarcas Ltda. movimentou mais de R$ 6,3 milhões, sendo que R$ 3,35 milhões foram repassados pela Câmara de Araguaína. Outras empresas ligadas ao esquema, como Auto Vip Latas Ltda. e IC Portela Construção Eireli ME, também registraram movimentações financeiras suspeitas.


Mandados cumpridos e apreensões


Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em oito endereços ligados aos investigados, incluindo empresas e residências. Entre os materiais apreendidos estão:


  • Celulares, tablets, notebooks e computadores;


  • Documentos que podem reforçar as provas do esquema;


  • Valores em espécie cuja origem será investigada.


Além disso, o GAECO identificou transferências bancárias suspeitas entre os próprios investigados e suas empresas, configurando um padrão de movimentação financeira que pode ter sido utilizado para ocultar o desvio dos recursos públicos.


A Câmara Municipal de Araguaína, por meio de nota, informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a operação e que os fatos investigados dizem respeito a gestões anteriores.


A investigação segue em andamento, e o MPTO deve divulgar mais detalhes à medida que as apurações avançam.

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