
A precariedade do transporte coletivo de Palmas ficou evidente nos últimos anos, com ônibus quebrando no meio do caminho, superlotação e até veículos pegando fogo em plena operação. A crise, que se arrasta desde a gestão anterior, atingiu um ponto crítico e agora, segundo o prefeito Eduardo Siqueira Campos, o verdadeiro motivo foi exposto: os fornecedores do serviço ficaram mais de três meses sem receber, inviabilizando a operação e a manutenção da frota. O prefeito menciona aluguéis de ônibus no valor de R$ 50 mil por unidade.
De acordo com Eduardo, a prefeitura está pagando por mais de 60 ônibus parados. O prefeito ainda revela um cenário de câmbios, pneus, rodas e acessórios de ônibus largados no pátio, o que, segundo ele, entristece ao evidenciar o desperdício de dinheiro público.
Diante desse cenário, Eduardo tornou o transporte público gratuito no mês de janeiro, estendeu a gratuidade até esta segunda-feira, 3 de fevereiro, e, a partir de amanhã, anunciou uma redução emergencial da tarifa para R$ 2 durante todo este mês. A medida visa aliviar o impacto da crise para os usuários enquanto o município finaliza a transição para a iniciativa privada.
A herança da antiga gestão e o plano para o futuro
O transporte coletivo de Palmas já foi concedido à iniciativa privada por mais de 20 anos, mas, em 2022, a ex-prefeita Cínthia Ribeiro decidiu municipalizar o serviço, criando a Agência de Transporte Coletivo de Palmas (ATCP). No entanto, a falta de investimentos e o atraso nos pagamentos geraram um verdadeiro colapso.
Agora, a prefeitura já autorizou uma nova licitação para devolver o serviço à iniciativa privada, com um contrato de 20 anos e a exigência de uma frota de 180 ônibus para atender a capital. Segundo Eduardo Siqueira Campos, o transporte passará por uma reestruturação gradual, garantindo mais segurança e qualidade para os usuários.
O que esperar daqui para frente?
A redução da tarifa e a transição para uma nova gestão do transporte coletivo são medidas que prometem aliviar a situação no curto prazo. Mas a grande questão permanece: quanto tempo levará para que Palmas tenha um transporte público digno e funcional?
Enquanto isso, a população segue enfrentando as consequências de anos de descaso, aguardando que, desta vez, a promessa de melhorias saia do papel.
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