Da Redação
Na última sexta-feira, o desembargador Helvécio Brito de Maia Neto foi surpreendido por medidas judiciais que considera profundamente injustas, tanto no campo jurídico quanto no humano. Após 35 anos dedicados à magistratura, o desembargador manifestou perplexidade diante da situação que o afastou de suas funções e atingiu, em suas palavras, "algo infinitamente mais precioso: sua paz de espírito e a confiança na justiça".
Maia Neto, que afirma sempre ter pautado sua atuação pela ética e transparência, enfatizou que nunca acumulou riquezas ao longo de sua carreira. Ele relata viver em um modesto apartamento e possuir apenas um veículo de uso próprio. Segundo o magistrado, a recente operação judicial não trouxe qualquer questão material, mas abalou profundamente sua tranquilidade.
No comunicado, o desembargador expressa tristeza e serenidade ao enfrentar este momento difícil. Reafirma seu compromisso com a verdade e sua disposição em colaborar com as investigações, ressaltando a confiança que mantém na justiça. Contudo, lamenta a falta de informações oficiais sobre o motivo de seu afastamento, o que tem dificultado sua defesa. "A defesa pressupõe a existência de uma acusação com base em fatos concretos, os quais ainda não me foram apresentados", disse Maia Neto.
O desembargador também manifestou profunda aflição em relação ao envolvimento de seu filho, que se encontra detido sem que tenha sido realizada uma audiência de custódia. Ele classificou a medida como "extrema, desproporcional e injusta".
Apesar da situação adversa, Helvécio Brito de Maia Neto reafirma sua confiança no sistema jurídico e na imparcialidade das instituições. Ele acredita que, com o tempo, os fatos serão devidamente esclarecidos e a verdade prevalecerá.
O magistrado finaliza a nota agradecendo as inúmeras manifestações de apoio e solidariedade recebidas de amigos, colegas e cidadãos que conhecem sua trajetória e integridade. "Este é, sem dúvida, um momento difícil, mas permaneço firme na convicção de que a justiça, guiada pela verdade, será feita", concluiu.
O caso segue sob investigação, e novas informações devem ser divulgadas pelas autoridades nos próximos dias. Confira a íntegra da Nota do Magistrado
Na última sexta-feira, fui submetido a medidas judiciais que, em minha avaliação, configuram uma profunda injustiça, tanto no aspecto jurídico quanto no humano. Após 35 anos de dedicação à magistratura, sempre orientando minhas ações pela ética, transparência e respeito à lei, encontro-me em uma situação de extrema perplexidade.
Durante minha carreira, jamais acumulei riquezas; tudo o que possuo é um modesto apartamento onde resido e um veículo de uso próprio. A operação realizada recentemente não trouxe à tona qualquer questão material, mas atingiu algo infinitamente mais precioso: minha paz de espírito e a confiança que sempre depositei na justiça.
É com tristeza, mas também com serenidade, que enfrento esse momento difícil. Reafirmo meu compromisso com a verdade e reitero minha total disposição para colaborar com as investigações em curso. Confio plenamente na Justiça e acredito que, no devido tempo, todos os fatos serão esclarecidos de maneira justa e transparente.
Até o presente momento, não recebi qualquer informação oficial que explique o motivo de meu afastamento das funções que exerci com dedicação ao longo de minha vida. Isso me impede de oferecer uma defesa clara, pois a defesa pressupõe a existência de uma acusação com base em fatos concretos, os quais ainda não me foram apresentados.
O que mais me aflige nesta situação é o envolvimento de meu filho, que se encontra detido sem que tenha ocorrido a audiência de custódia e sem que se conheça, até o momento, as razões específicas para essa medida extrema. Sinto-me profundamente ferido por essa circunstância, que considero desproporcional e injusta.
Vivemos em uma democracia, onde o poder deve ser exercido de forma transparente e responsável. Acredito firmemente que, com o tempo, todos os aspectos desta situação serão esclarecidos e a verdade prevalecerá. Reafirmo minha confiança no sistema jurídico e na imparcialidade das instituições que devem zelar pela justiça.
Por fim, expresso meu mais profundo agradecimento às inúmeras manifestações de apoio e solidariedade que tenho recebido de amigos, colegas e cidadãos que conhecem minha trajetória e minha integridade. Este é, sem dúvida, um momento difícil, mas permaneço firme na convicção de que a justiça, guiada pela verdade, será feita.
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