Da Redação
Foto: GETTY IMAGES / BBC News Brasil
O site do Conselho Nacional Eleitoral venezuelano (CNE) completou cinco horas fora do ar pouco antes das 7h desta segunda-feira (29). O órgão disse que seus sistemas sofreram um ataque. Maduro disse que o site do CNE foi hackeado numa tentativa de "evitar que a população tivesse acesso aos resultados".
Segundo o presidente do CNE, Elvis Amoroso, Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González, com 80% das urnas apuradas.
Os dados de apuração dos votos seguem em 80%. A oposição, que garante que a vitória foi de Edmundo González, afirma que continua disposto a fazer uma transição de poder em paz. "Queremos dizer ao tudo temo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González", disse Maria Corina, líder da oposição venezuelana.
O anúncio aconteceu pouco depois da meia-noite em Caracas (1h em Brasília). Amoroso, um aliado de Maduro, disse que a tendência da apuração era "contundente e irreversível".
O presidente do CNE também disse que o país investigará "ataques terroristas" ao sistema eleitoral aos quais atribuiu o atraso na divulgação.
Nas horas de espera, o país mergulhou em tensão, com a oposição denunciando supostas irregularidades no processo e declarando ter vencido o pleito.
Momentos depois do anúncio, a principal líder da oposição, María Corina Machado, inabilitada para exercer cargos públicos e apoiadora de González, contestou o resultado.
"Ganhamos em todos os Estados do país e sabemos o que aconteceu hoje. Cem por cento das atas que o CNE transmitiu nós temos e toda essa informação aponta que Edmundo obteve 70% dos votos", disse Machado a jornalistas.
Ela acrescentou avaliar que as supostas modificações feitas nos resultados haviam sido "grosseiras".
O embate prenuncia mais tensão nas próximas horas e dias na Venezuela, sob acompanhamento dos países vizinhos e dos EUA.
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